O mês de abril é considerado o Mês da Conscientização de Parkinson, e 11 de abril é o dia em que, a cada ano, comunidades de todo o mundo se reúnem para aumentar a conscientização sobre o transtorno neurodegenerativo.
De acordo com o Dr. VP Singh, presidente do Instituto de Neurociências, Medanta, é a degeneração das células produtoras de dopamina no cérebro que é responsável pelo distúrbio. A dopamina é a substância química que carrega mensagens pelo cérebro e, quando seus níveis diminuem ou não chega ao cérebro em quantidade suficiente, os pacientes desenvolvem características sugestivas de doença de Parkinson (DP). As características iniciais são tremores nas mãos, lentidão de atividade e rigidez de partes do corpo, explica o Dr. Singh.
Existem muitos mitos e equívocos associados à doença, e o Dr. Singh desmascara alguns deles.
Mito 1: Parkinson é apenas uma condição relacionada ao movimento
Fato: além dos sintomas motores, também apresenta sintomas não motores como depressão, distúrbio de comportamento do sono REM (RBD), constipação, incontinência urinária, hipotensão, etc.
Mito 2: O sintoma mais dominante da doença de Parkinson são os tremores
Fato: Embora os tremores sejam um dos muitos sintomas, cada pessoa afetada apresenta variações únicas dos sintomas. Os pacientes podem desenvolver poucos sintomas não motores muitos anos antes de desenvolver os sintomas motores clássicos - tremor, lentidão dos movimentos ou rigidez. Esses sintomas não motores podem ser constipação, depressão, perda da sensação olfativa e distúrbio de comportamento do sono REM (RBD).
Além disso, os tremores também podem ser vistos em outras condições como parkinsonismo atípico (distúrbios que imitam a doença de Parkinson), tremor essencial, tremor induzido por drogas, tremor relacionado ao álcool, etc.
Mito 3: Parkinson causa movimentos espontâneos e descontrolados
Fato: Movimentos descontrolados (chamados discinesias) se desenvolvem no DP em estágio avançado devido a um efeito colateral da levodopa. Esses movimentos podem ser muito bem controlados por modificação de dose ou cirurgia de estimulação cerebral profunda (DBS).
Mito 4: a doença de Parkinson só pode ser tratada com medicamentos
Fato: Modificações no estilo de vida são aconselhadas em pacientes com DP. Comer alimentos corretos e saudáveis, exercícios regulares, ioga e meditação fazem parte do tratamento da DP. Todas essas coisas ajudarão a manter um senso de independência e uma melhor qualidade de vida por um longo período de tempo. Além da terapia médica, existe um tratamento cirúrgico disponível para a doença de Parkinson avançada, que é a estimulação cerebral profunda (DBS).
Mito 5: Parkinson é curável
Fato: Parkinson não tem cura até agora. Porém, medicamentos, cirurgia (DBS), fisioterapia e modificação do estilo de vida ajudam os pacientes a controlar os sintomas, além de terem uma boa qualidade de vida por mais tempo.
Mito 6: Parkinson é encontrado apenas em pessoas mais velhas
Fato: isso não é totalmente verdade. Embora a maioria dos pacientes tenha mais de 60 anos, o início precoce e o início na adolescência estão sendo detectados em muitos casos. Na Índia, cerca de 25 por cento dos pacientes desenvolvem sintomas sugestivos de DP antes de completarem 40 anos.
Mito 7: Parkinson é fatal
Fato: o Parkinson não causa fatalidade diretamente, ao contrário de um ataque cardíaco ou derrame. O tempo de vida depende do tipo e da qualidade dos cuidados administrados. Mas, é importante ter cuidado porque, à medida que a doença progride, a pessoa pode ficar vulnerável a quedas que podem ser perigosas.
Mito 8: Parkinson não pode ocorrer em membros da família
Fato: Isso não é correto. Cerca de 10 a 15 por cento dos pacientes têm histórico familiar de DP.
Mito 9: Parkinson pode ser curado pela terapia com células-tronco
Fato: Isso não é correto. Atualmente, não há evidências clínicas de que a DP possa ser tratada ou curada por qualquer tipo de terapia com células-tronco. Ainda está em fase experimental.
Se você está procurando maneiras de controlar a DP, o Dr. Singh recomenda que você faça o seguinte:
* Dieta: consuma uma dieta bem balanceada composta de fibras e líquidos, para reduzir a constipação. Também tome a ingestão adequada de sal para controlar a pressão arterial baixa.
* Fisioterapia para proporcionar alívio da rigidez muscular e dores nas articulações por meio de movimentos e exercícios.
* Terapia ocupacional para identificar dificuldades nas tarefas diárias, como vestir-se bem ou ir a pé até a loja próxima, e treinamento apropriado para melhor administrá-las.
* Fonoaudiologia para abordar problemas de fala e dificuldades de deglutição e corrigi-los.
* Medicamentos para reduzir todos os sintomas da DP.
* Cirurgia (estimulação cerebral profunda) para melhorar a qualidade de vida em pacientes com doença de Parkinson avançada que se tornaram resistentes à terapia médica ou que apresentam efeitos colaterais graves da terapia medicamentosa.
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* Acompanhamento com médico: Por ser um distúrbio progressivo, é necessário acompanhamento regular com um neurologista para distúrbios do movimento, que ajustaria os medicamentos de acordo com a condição do paciente na avaliação de acompanhamento. Esta é a parte mais essencial do controle da doença.