Mulheres que sofrem de pressão alta durante a gravidez correm um risco maior de desenvolver doenças cardíacas e outros problemas de saúde como diabetes e derrame na vida adulta, diz uma nova pesquisa.
Os resultados mostraram que a pré-hipertensão com pressão sistólica de 120-139 mm Hg (número superior) ou pressão diastólica de 80-89 mm Hg (número inferior) pode ser perigosa para mulheres grávidas.
Mulheres grávidas com pressão arterial na faixa de pré-hipertensão tiveram 6,5 vezes mais chances de desenvolver síndrome metabólica (como diabetes e acidente vascular cerebral) após a gravidez, em comparação com mulheres com pressão arterial na faixa normal inferior. Além disso, a gravidez também pode ser um teste de estresse cardiovascular para mulheres que podem revelar distúrbios subjacentes na regulação da pressão arterial e no metabolismo da glicose e do colesterol, disseram os pesquisadores.
Anormalidades em todas as três áreas podem interromper as funções cardíacas e levar a doenças cardiovasculares em pleno desenvolvimento na vida adulta, disse o artigo publicado na revista Hypertension.
Para o estudo, a equipe analisou 507 mulheres grávidas chinesas com gestações sem complicações e sem histórico de hipertensão e tinham níveis normais de açúcar no sangue e colesterol.
A identificação precoce de fatores de risco metabólicos e a implementação de modificações no estilo de vida podem ajudar a retardar o aparecimento de doenças cardiovasculares que se manifestariam 20 a 30 anos após o parto, disse Jian-Min Niu, pesquisadora-chefe do Hospital para Mulheres e Crianças de Guangdong, na China.