A doença de Alzheimer pode ser tratada com sucesso com um medicamento antiinflamatório comumente usado que pode reverter a perda de memória e inflamação do cérebro, revelou um novo estudo.
Os achados mostraram que o antiinflamatório não esteroidal (AINE) - um antiinflamatório rotineiramente usado para cólicas menstruais - pode ter como alvo essa via inflamatória, destacando sua importância no modelo da doença.
No estudo, camundongos transgênicos que desenvolveram sintomas da doença de Alzheimer foram usados onde um grupo de 10 camundongos foi tratado com ácido mefenâmico e 10 camundongos foram tratados da mesma forma com um placebo.
Os camundongos foram tratados em um momento em que desenvolveram problemas de memória e a droga foi administrada por uma minibomba implantada sob a pele por um mês.
A perda de memória foi completamente revertida para os níveis observados em ratos sem a doença, sugeriu o estudo.
Nossa pesquisa mostra pela primeira vez que o ácido mefenâmico, um simples antiinflamatório não esteroidal, pode ter como alvo uma importante via inflamatória chamada inflamassoma NLRP3, que danifica as células cerebrais. Até agora, nenhuma droga estava disponível para atingir essa via, por isso estamos muito animados com o resultado, disse Doug Brough, pesquisador da Universidade de Manchester.
Esses resultados de laboratório promissores identificam uma classe de medicamentos existentes que têm potencial para tratar a doença de Alzheimer, bloqueando uma parte específica da resposta imunológica, acrescentou Brough no artigo publicado na revista Nature Communications.